Correntes de Bruxaria Independentes da Wicca

Sumário

  1. Introdução
  2. Bruxaria Tradicional (Traditional Witchcraft)
    • Origens e Definição
    • Características Distintivas
    • Robert Cochrane e o Clan of Tubal Cain
    • Andrew Chumbley e o Cultus Sabbati
  3. Stregheria – A Bruxaria Italiana
    • Origens e Contexto
    • Diferenças da Wicca
    • Stregoneria vs Stregheria
  4. Bruxaria dos Apalaches e Hoodoo
    • Bruxaria dos Apalaches (Appalachian Folk Magic)
    • Hoodoo/Rootwork
  5. Brujería – A Bruxaria Mexicana e Latino-Americana
    • Contexto Histórico e Cultural
    • Brujería Mexicana
    • Curanderismo vs Brujería
    • Elementos Únicos da Tradição
  6. Bruxaria Africana
    • Contexto Geral
    • Tradição Yorùbá e Ifá
    • Juju e Práticas da África Ocidental
    • Diáspora Africana nas Américas
    • Aspectos Filosóficos Africanos
  7. Bruxaria Natural e Ecléctica
    • Bruxaria Natural
    • Bruxaria Ecléctica
  8. Reconstrucionismo Pagão
    • Características Gerais
    • Exemplos
  9. Considerações sobre Apropriação e Respeito
  10. Conclusão: A Diversidade da Bruxaria Moderna
  11. Referências e Recursos Adicionais

Neste artigo será apresentado uma perspectiva com definições e lugares mais marcados sobre a bruxaria, oferecendo uma visão mais organizada com linhas traçadas entre significados para fins de esclarecimento e conhecimento. Durante o texto, você verá alguns pontos de críticas trazendo o possível de clareza para traçar essas linhas mais grossas sobre a Bruxaria ser uma religião e não apenas um conjunto de práticas de feitiçaria.

Embora a Wicca tenha se tornado a forma mais conhecida e difundida de bruxaria moderna, é fundamental reconhecer que existem correntes de bruxaria que se desenvolveram independentemente ou em paralelo ao movimento wiccano. A grande divisão que se pode fazer atualmente entre grandes grupos na bruxaria é entre a bruxaria tradicional e a bruxaria moderna(Wicca).

Essas tradições frequentemente reivindicam raízes mais antigas como práticas regionais específicas ou abordagens filosóficas distintas da estrutura religiosa estabelecida por Gerald Gardner. 

Você verá nesse artigo também uma diversidade da Bruxaria em outros países além da Inglaterra. Qualquer outro tipo de corrente ou prática nomeada como bruxaria se encaixa na própria Magia e Feitiçaria, pois não são religiões e não contém estrutura, como  são mais antigas que a própria Bruxaria (Witchcraft) etimologicamente e historicamente. Todos presentes no Paganismo.

Bruxaria Tradicional (Traditional Witchcraft)

Origens e Definição

A bruxaria tradicional na cultura moderna passou a significar qualquer bruxaria ou tradição ou práticas associadas a Robert Cochrane, Joe Wilson, Evan John Jones, Andrew Chumbley, Mike Howard, Nigel Jackson e Robin Artisson. Esta corrente distingue-se fundamentalmente da Wicca por não se identificar como uma religião organizada, mas sim como um ofício (craft) — uma prática de feitiçaria que pode ou não estar vinculada a uma religiosidade específica.

Características Distintas

A Bruxaria Tradicional geralmente se caracteriza por:

  • Não-religiosidade necessária: Diferente da Wicca, que é estruturada como religião neopagã, a bruxaria tradicional pode ser praticada como ofício independente de crenças religiosas
  • Ênfase no folclore regional: Forte conexão com práticas folclóricas locais e tradições rurais específicas
  • Ausência de estrutura gardneriana: Não segue o sistema de graus, círculos e festivais estabelecidos por Gardner
  • Foco no aspecto ctônico: Maior ênfase nos aspectos sombrios, mistérios da morte e mundo subterrâneo
  • Trabalho com espíritos da terra: Relação próxima com espíritos locais, ancestrais e genius loci (espírito do lugar)

Robert Cochrane e o Clan of Tubal Cain

Robert Cochrane (pseudônimo de Roy Bowers, 1931-1966) foi uma figura central no desenvolvimento da bruxaria tradicional britânica. Contemporâneo e crítico de Gerald Gardner, Cochrane fundou o Clan of Tubal Cain e desenvolveu uma abordagem à bruxaria que rejeitava muitos elementos da Wicca gardneriana.

Suas práticas enfatizavam:

  • Simbolismo baseado em ferramentas de ofício (especialmente ferramentas de ferreiro)
  • Calendário lunar ao invés do solar wiccano
  • Menor ênfase em divindades nomeadas, preferindo forças e princípios
  • Práticas de encantamento e feitiçaria prática

Andrew Chumbley e o Cultus Sabbati

Andrew Chumbley foi uma das figuras de maior importância na bruxaria tradicional Inglesa. Este fundou o Cultus Sabbati nos anos 90. O Cultus Sabbati representa um dos segmentos mais misteriosos e filosoficamente densos da bruxaria tradicional.

Características do Cultus Sabbati:

  • Arte Sabbática: Foco nos mistérios do Sabá das Bruxas como experiência extática e visionária
  • Gnose mágica: Ênfase na experiência direta e transformação pessoal através da prática
  • Grimorios próprios: Chumbley escreveu textos herméticos e poéticos como “The Azoëtia”
  • Sincretismo sofisticado: Integração de elementos de magia cerimonial, xamanismo e folclore europeu

Stregheria – A Bruxaria Italiana

Origens e Contexto

Stregheria (a “Velha Religião”) é a bruxaria italiana. A tradição se iniciou no século XIV, com os ensinamentos de Aradia, a Feiticeira Sagrada. O Sistema Strega data das civilizações pré-itálicas como os Etruscos.

A Stregheria ganhou notoriedade no mundo anglófono através do trabalho de Raven Grimassi, que publicou extensivamente sobre as práticas italianas de bruxaria a partir da década de 1990.

Diferenças da Wicca

Para outros, a Stregoneria ou Bruxaria Tradicional não é considerada uma ‘Religião’ mas sim um Ofício, uma prática de feitiçaria independente da religiosidade.

Características distintas da Stregheria:

  • Panteão italiano: Foco em divindades itálicas, especialmente Diana e Dianus (ou Lucifer em algumas tradições)
  • Influência católica popular: Há muitos Stregoni e Streghe que focalizam sua prática em Santos Católicos
  • Aradia: Figura central da mitologia strega, filha de Diana enviada para ensinar bruxaria aos oprimidos
  • La Vecchia Religione: Conceito da “Velha Religião” que teria sobrevivido ao cristianismo na Itália rural
  • Práticas familiares: Tradições frequentemente transmitidas através de linhagens familiares

Stregoneria vs Stregheria

Existe debate sobre a distinção entre “Stregoneria” (termo italiano para bruxaria em geral) e “Stregheria” (termo anglicizado usado para descrever a prática neopagã inspirada em tradições italianas). A primeira pode incluir práticas folclóricas católicas sincréticas, enquanto a segunda geralmente se refere a reconstruções modernas com ênfase neopagã.

Bruxaria dos Apalaches e Hoodoo

Nos Estados Unidos, desenvolveram-se práticas de bruxaria folclórica distintas das tradições europeias neopagãs. Bruxaria aqui é um contexto de magia.

Magia Folclórica dos Apalaches

  • Raízes: Mistura de tradições britânicas, alemãs e nativo-americanas
  • Práticas: Encantamentos, cura popular, proteção, trabalho com espíritos locais
  • Cristianismo folclórico: Frequentemente incorpora elementos cristãos de forma sincrética
  • Granny Magic: Tradição de “curandeiras” e “benzedeiras” rurais
  • Não-pagã: Geralmente não se identifica com movimentos neopagãos

Hoodoo/Rootwork

  • Origens: Práticas mágicas afro-americanas desenvolvidas no sul dos EUA
  • Sincretismo: Fusão de tradições africanas, nativo-americanas e europeias
  • Diferente do Vodu: Hoodoo é prática mágica, não religião (diferente do Vodu haitiano)
  • Materiais: Uso extensivo de raízes, ervas, minerais, fluidos corporais
  • Trabalho de mão: Criação de mojos, gris-gris, pós e óleos
  • Não-pagã: Tradicionalmente praticada dentro de contexto cristão

Brujería – A Bruxaria Mexicana e Latino-Americana | Contexto Histórico e Cultural

A bruxaria na América Latina, conhecida em espanhol como brujería, é uma fusão de crenças indígenas, europeias e africanas. As culturas indígenas tinham práticas espirituais centradas na natureza e cura, enquanto a chegada dos africanos trouxe religiões sincréticas. As crenças europeias de bruxaria se fundiram com tradições locais durante a colonização.

Não é uma religião e a bruxaria aqui tem um significado mais como sistema mágico ou magia.

Brujería Mexicana

A brujeria mexicana representa um dos sistemas mágicos mais complexos e sincréticos das Américas, desenvolvendo-se ao longo de séculos de intercâmbio cultural entre povos indígenas mesoamericanos, colonizadores espanhóis e africanos escravizados.

Características distintivas:

  • Sincretismo indígena-católico: Integração de divindades pré-colombianas (como Mictlantecuhtli, Tlazolteotl) com santos católicos
  • Santa Muerte: Culto contemporâneo à morte personificada, uma das práticas mais controversas e crescentes
  • Práticas de Catemaco: A localidade de Catemaco, no sul do estado de Veracruz, é há décadas o lar de centenas de brujos e hechiceros
  • Mercado de Sonora: No Centro Histórico da Cidade do México, o Mercado de Sonora é um setor dedicado à brujería, com soluções para todos os problemas, abrangendo diferentes seitas de magia e santeria, com estatuas da Santa Muerte, Malverde, tótems, poções, ervas e bonecos para chamanismo, magia branca e negra
  • Nahualismo: Crença na capacidade de transformação em animais ou forças naturais, herança das tradições mexicas e maias
  • Uso de plantas sagradas: Peyote, ayahuasca, toloache e outras plantas enteógenas em contextos rituais

Curanderismo vs Brujería

As pessoas frequentemente confundem Brujería com Curanderismo. Ambas são tradições mexicanas de cura que usam magia. Curanderismo equipara-se ao herbalista ou curador naturopático. Um(a) Curandero(a) observa uma condição física e questiona se há uma causa espiritualmente baseada.

Curanderismo enfatiza:

  • Cura através de plantas medicinais e rezas
  • Limpias (limpezas energéticas)
  • Trabalho com santos e anjos
  • Objetivo de restaurar harmonia e saúde

Brujería aqui tem o sentido de feitiçaria ou magia, pode incluir:

  • Feitiços de amor, proteção, vingança
  • Trabalho com forças mais ambíguas ou obscuras
  • Hechizos (encantamentos) para diversos fins
  • Práticas que podem ser consideradas “magia negra”

Elementos Únicos da Tradição

A brujería latino-americana destaca-se por:

  • Veladoras e cirios: Velas de sete dias com imagens de santos, orixás ou forças específicas
  • Amarres: Feitiços de ligação amorosa ou domínio
  • Limpias con huevo: Limpezas energéticas usando ovos
  • Baños rituales: Banhos com ervas específicas para diferentes propósitos
  • Trabajo con muertos: Relacionamento próximo com ancestrais e espíritos dos mortos

Bruxaria Africana | Contexto Geral

As tradições africanas são vastíssimas e diversificadas, refletindo a imensa pluralidade cultural do continente africano. É crucial reconhecer que não existe uma “bruxaria africana”, mas sim centenas de sistemas espirituais distintos desenvolvidos por diferentes povos ao longo de milênios. O termo bruxaria foi levado para a África de forma distorcida e hoje em dia a bruxaria lá tem o sentido de feitiçaria. Não é uma religião.

Tradição Yorùbá e Ifá

Ifá corresponde a uma linguagem própria com função de estabelecer uma conexão entre as duas realidades que compõem o mundo ioruba: Orum, a realidade invisível, e Aiê, a realidade visível. Assim, ele seria o oráculo dos iorubás, que se desenvolveu gradativamente desde tempos remotos.

Características do sistema Yorùbá:

  • Orixás: Divindades que personificam forças da natureza e aspectos da existência humana
  • Ifá: Sistema oracular complexo praticado por Babalawos (sacerdotes de Orunmilá)
  • Àṣẹ (Axé): Conceito de força vital, energia que move o universo
  • Nas tradições iorubás, àjẹ́ é sinônimo de Ìyá (mãe), e todas as mulheres são àjẹ́, um ser espiritualmente poderoso e abençoado. Mas a palavra foi traduzida para o inglês como “bruxa”, e em muitas partes da sociedade iorubá atual, a categoria foi demonizada, inclusive trouxeram o termo para o Brasil, hoje tratam como bruxas enquanto na verdade são algo mais próximo de divindade feminina, poder divino feminino.
  • Egúngún: Culto aos ancestrais masculinos
  • Gelede: Celebração do poder feminino ancestral

 

Diáspora Africana nas Américas

As tradições africanas sobreviveram e se transformaram através da diáspora forçada:

Candomblé (Brasil):

  • Preservação mais próxima das tradições yorùbá, fon e bantu
  • Nações: Ketu, Jeje, Angola, entre outras
  • Terreiros como espaços sagrados de resistência cultural
  • Não existem bruxas no sentido Europeu. Pode ser encontrado o termo de forma distorcida.

Santería/Regla de Ocha (Cuba):

  • Sincretismo entre orixás yorùbá e santos católicos
  • Sistemas divinatórios como dilogún e Ifá
  • Iniciação através do “hacer santo”

Vodu Haitiano:

  • Fusão de tradições fon, kongo e católicas
  • Lwa (espíritos) divididos em nações (Rada, Petwo, etc.)
  • Possessão ritual como forma de comunicação com o divino

Umbanda (Brasil):

  • Religião genuinamente brasileira surgida no século XX
  • Síntese de elementos africanos, indígenas, católicos e kardecistas
  • Trabalho com linhas e falanges de espíritos.
  • Também não existem bruxas no sentido Europeu. Pode ser encontrado o termo de forma distorcida, como apropriação cultural de símbolos da Wicca.

Bruxaria Natural e Ecléctica:

Bruxaria Natural

A Bruxaria Natural (Natural Witchcraft ou Green Witchcraft) desenvolveu-se como abordagem não-religiosa focada em:

  • Conexão com a natureza: Ênfase no trabalho com plantas, ciclos naturais e elementos
  • Herbologia: Conhecimento profundo de propriedades mágicas e medicinais das plantas
  • Sem estrutura ritual formal: Práticas mais intuitivas e menos cerimoniais
  • Não-iniciática: Sem necessidade de iniciação formal ou linhagem
  • Solitária: Frequentemente praticada individualmente
  • Origem: Baseada no livro Técnicas de Magia Natural de Scott Cunningham, que era Wiccaniano, porém fez o livro para pessoas comuns.
  • Críticas: Criticada por apropriação das práticas da Wicca ou falta de profundidade

Bruxaria Ecléctica

Praticantes ecléticos combinam elementos de múltiplas tradições sem se filiar especificamente a nenhuma:

  • Autonomia individual: Cada praticante desenvolve seu próprio sistema
  • Sincretismo: Incorporação de elementos de diversas culturas e tradições
  • Pragmatismo: Foco no que funciona para o indivíduo
  • Críticas: Alguns tradicionalistas criticam por apropriação cultural ou falta de profundidade

Reconstrucionismo Pagão

Embora não sejam necessariamente “bruxaria”, os movimentos reconstrucionistas merecem menção:

Características Gerais

  • Fidelidade histórica: Tentativa de reconstruir práticas religiosas antigas com base em fontes históricas e arqueológicas
  • Especificidade cultural: Foco em uma tradição cultural específica (helenismo, heathenry, etc.)
  • Politeísmo devocional: Ênfase na devoção a deuses específicos como entidades reais
  • Crítica: Rejeição de sincretismos modernos não-históricos, como a Wicca que aceita em sua estrutura e liturgia diversos panteões/divindades gregas, romanas, vikings e egípcias.

Exemplos

  • Helenismo: Reconstrução da religião grega antiga
  • Heathenry/Ásatrú: Reconstrução de tradições germânicas e nórdicas
  • Religio Romana: Reconstrução da religião romana antiga
  • Druidismo reconstrucionista: Diferente do neodruidismo, busca maior fidelidade histórica

Considerações sobre Apropriação e Respeito

É importante notar que algumas tradições são culturalmente específicas e fechadas:

  • Práticas indígenas: Xamanismo de povos nativos não deve ser apropriado
  • Tradições afro-diaspóricas: Candomblé, Santería, Vodu haitiano têm requisitos iniciáticos e culturais específicos
  • Tradições mesoamericanas: Práticas de povos Maias, Mexicas e outros requerem respeito e contexto cultural adequado
  • Tradições da Wicca: Estrutura baseada no xamanismo americano, tradições mágicas ocidentais e magia folclórica inglesa

Conclusão: A Diversidade da Bruxaria Moderna

A bruxaria contemporânea é um mosaico riquíssimo de tradições, práticas e filosofias. Praticantes de bruxaria, em seu sentido mais lato, não se pautam pelos conceitos vulgares de bem e mal, considerando toda e qualquer magia como cinzenta.

Enquanto a Wicca ofereceu estrutura religiosa e visibilidade ao movimento pagão moderno, inúmeras outras correntes desenvolveram-se independentemente, cada uma com suas características, ênfases e contribuições únicas. Das tradições europeias tradicionais às práticas sincréticas latino-americanas, dos sistemas filosóficos africanos às abordagens eclécticas contemporâneas, a bruxaria revela-se como fenômeno global profundamente enraizado em contextos culturais específicos.

Reconhecer essa diversidade é essencial para compreender o panorama completo da bruxaria moderna e respeitar a legitimidade de diferentes caminhos. Mais importante ainda é aproximar-se dessas tradições com humildade, respeito e consciência de que algumas portas estão abertas para exploração, enquanto outras requerem convite, iniciação e anos de dedicação.

O futuro da bruxaria certamente continuará sendo plural, com novas tradições emergindo e antigas sendo redescobertas ou reinventadas, sempre refletindo as necessidades espirituais e culturais de seus praticantes, em diálogo constante com questões de identidade, ancestralidade, resistência e poder. 

Nota Importante sobre Apropriação Cultural

As tradições da Wicca são sistemas religiosos completos e fechados que requerem iniciação formal e anos de aprendizado. É transmitido por meio de  sacerdotisas e sacerdotes experientes, que passam por anos de preparo.

Não é apropriado:

  • “Pegar emprestado” elementos dessas tradições sem ser uma bruxa ou bruxo solitário (praticante da Wicca) ou iniciado
  • Comercializar elementos sagrados sem autorização comunitária
  • Descontextualizar práticas de seus fundamentos filosóficos e culturais.

Referências e Recursos Adicionais | Livros sobre Bruxaria Tradicional

  • CHUMBLEY, Andrew D. “The Azoëtia: A Grimoire of the Sabbatic Craft” (1992). Xoanon Press.
  • COCHRANE, Robert & JONES, Evan John. “The Roebuck in the Thicket” (2001). Cappall Bann.
  • HOWARD, Michael. “Children of Cain: A Study of Modern Traditional Witches” (2011). Three Hands Press.
  • JACKSON, Nigel. “Masks of Misrule: Horned God & His Cult in Europe” (1996).

Sobre Stregheria

  • GRIMASSI, Raven. “Italian Witchcraft: The Old Religion of Southern Europe” (2000). Llewellyn.
  • GRIMASSI, Raven. “The Witches’ Craft: The Roots of Witchcraft & Magical Transformation” (2002). Llewellyn.
  • LELAND, Charles G. “Aradia: Gospel of the Witches” (1899) – Texto fundacional controverso.

Sobre Tradição Feri

  • ANDERSON, Victor & Cora. “Etheric Anatomy: The Three Selves and Astral Travel” (2004).
  • VALIENTE, Doreen & JONES, Evan John. “Witchcraft: A Tradition Renewed” (1990).

Sobre Brujería e Curanderismo

  • SILVA, Mari. “Brujeria and Curanderismo: A Guide to Latin American Folk Magic, Healing, Shamanism” (2022).
  • TORRES, Eliseo “Cheo”. “Curandero: A Life in Mexican Folk Healing” (2005). University of New Mexico Press.
  • TROTTER, Robert T. & CHAVIRA, Juan Antonio. “Curanderismo: Mexican American Folk Healing” (1997). University of Georgia Press.

Sobre Tradições Africanas e Afro-Diaspóricas

  • THOMPSON, Robert Farris. “Flash of the Spirit: African and Afro-American Art and Philosophy” (1983).
  • VERGER, Pierre Fatumbi. “Orixás: Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo” (1981).
  • PRANDI, Reginaldo. “Mitologia dos Orixás” (2001). Companhia das Letras.
  • BASTIDE, Roger. “O Candomblé da Bahia” (1961).
  • BROWN, Karen McCarthy. “Mama Lola: A Vodou Priestess in Brooklyn” (1991).

Recursos Online

Artigos Acadêmicos

  • HUTTON, Ronald. “The Triumph of the Moon” (1999) – Capítulos sobre tradições não-wiccanas.
  • PEARSON, Joanne (ed.). “Belief Beyond Boundaries: Wicca, Celtic Spirituality and the New Age” (2002).
  • “Magia y brujería en México” – Estudos sobre sincretismo mágico-religioso mexicano.

Documentários

  • “Sacred Journeys: Candomblé” (PBS) – Sobre tradições afro-brasileiras.
  • “When the Spirits Dance Mambo” (2002) – Sobre Vodu haitiano em Nova York.

Nota Importante

As informações apresentadas buscam ser descritivas e educacionais. Cada tradição tem suas próprias exigências, éticas e práticas. Respeite as tradições fechadas e busque fontes confiáveis e professores qualificados ao explorar qualquer caminho espiritual. Especialmente no caso de tradições Wicca, indígenas, africanas e afro-diaspóricas, o respeito cultural e o reconhecimento da necessidade de iniciação formal são fundamentais.

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